🤘Edição 27: escrever um livro muda tudo. Aqui estão 10 provas disso.
As Mariposas da Morte ainda nem chegou nas mãos dos leitores, mas já mudou muita coisa para mim. 🦋💀
As Mariposas da Morte, meu primeiro livro, finalmente rasgou seu casulo.
Desde sua primeira centelha em 2021 até agora, em pleno 2025, essa história ainda tem um longo caminho para trilhar.
Sou a última romântica dos processos criativos. Acredito que as histórias transformam não apenas quem lê, mas também quem escreve.
Por isso, quero compartilhar as lições que essa jornada me ensinou até agora.
Vem comigo.
Com carinho,
- bru.
Tempo de leitura: 5 minutos
Escrever As Mariposas da Morte foi um compromisso comigo mesma.
Não era só colocar uma história no papel, mas sustentar minhas escolhas e renúncias.
Durante o processo, precisei me fechar no meu mundinho ou seria devorada pelas demandas externas. Neguei a participação em projetos incríveis (não vou mentir, me doeu o coração), reduzi drasticamente a frequência nas redes sociais e busquei, nesta newsletter, um espaço mais silencioso para devanear.
Foi importante aprender a dizer não. Pela primeira vez, senti que eu estava ditando as regras da minha vida, fazendo exatamente o que eu queria fazer e não o que esperavam de mim.
Às vezes isso pode nos fazer parecer egoístas.
Bom, eu não sinto muito.
Escrever meu primeiro livro também foi um processo de autoconhecimento. Opa, parece que já temos uma primeira lição aqui:
1. Escrever As Mariposas da Morte foi uma jornada de autoconhecimento
Finalmente entendi o real significado de fazer escolhas e renúncias.
E mais: sustentar a escolha.
Sustentar que talvez você desagrade. Sustentar o sentimento de solidão, as inseguranças, o medo do desconhecido, o desconforto da vulnerabilidade.
Ser fiel a mim foi um dos maiores atos de empoderamento que pude me proporcionar.
-
2. O tédio é um grande aliado da criatividade
Repita comigo: o descanso faz PARTE do processo criativo.
Não é uma recompensa, é um direito.
Meus piores bloqueios criativos aconteciam justamente na exaustão. E, sim, as redes sociais contribuem muito no cansaço mental.
Inclusive, já escrevi três edições sobre o assunto aqui na newsletter - (Acesse Parte 1 | Parte 2 | Parte 3)
Então me permiti ficar entediada. Peguei gosto por caminhadas e passei a acessar as redes sociais com mais intenção (às vezes eu falho nessa última parte, não vou mentir, os memes me pegam demais).
-
3. Escrever NÃO É um ato solitário
O processo de escrita pode ser introspectivo, mas está longe de ser solitário.
Muitas pessoas me apoiaram durante a escrita do livro e depois dela. Serei eternamente grata a cada uma delas. ❤️
Estar ao lado de pessoas que te inspiram a criar faz toda a diferença para uma vida criativa fértil. É família criativa que chama.
-
4. Você sempre vai achar que NÃO está pronta
Dos inúmeros cursos de escrita que fiz, o único que, de fato, me fez ter um livro escrito foi: sentar a bunda na cadeira e escrever.
Certa vez li uma frase que dizia mais ou menos assim: você não vai desenhar nada se não parar de apontar o lápis.
Se preparar é importantíssimo, mas muita coisa a gente aprende fazendo mesmo.
-
5. Se apaixone pelo processo
Pense que você terá que conviver por muitos meses e horas com o seu projeto.
Isso sem contar as inúmeras revisões e lapidações.
Se não houver empolgação, envolvimento, paixão mesmo, o processo se tornará tortuoso.
😎 Novo lema desbloqueado: se tá mais tortuoso que gostoso, não seja teimoso.
-
6. Confie no seu trabalho
A primeira pessoa que precisa acreditar no seu trabalho é você.
É igual quando indicamos um livro, uma série ou um filme. Quando amamos uma história, queremos contar para o mundo, compartilhar esse encantamento.
O mesmo serve para as nossas histórias e projetos.
-
7. Pense menos, se expresse mais
Eu poderia dizer que “pensar demais” é meu superpoder. Ou melhor, minha maldição.
Escrever um livro em que, a cada frase, eu queria editar o que acabei de digitar? Insustentável!
Deixar fluir é mais importante do que escrever perfeito, ainda mais se for a primeira versão (confesso que ainda preciso me lembrar disso às vezes).
-
8. Cada passo importa
Compartilhar meus processos criativos e falar do meu livro, sem que ele sequer tivesse uma editora, foi um dos maiores acertos.
Aos poucos, as pessoas foram conhecendo meu trabalho e ficando genuinamente curiosas pelo meu livro.
O que foi ótimo, pois quebrou um pouco daquela autocobrança de criar conteúdos com frequência para “bombar” nas redes sociais só quando o livro fosse lançado.
-
9. Divirta-se!
Fiz fotos para divulgar As Mariposas da Morte, cantei, compartilhei curiosidades, playlist, músicas…
Não vou mentir: me diverti muito.
E foi justamente o que deixou o processo mais leve.
-
10. É só o começo
O livro ainda nem chegou nas mãos dos leitores, mas já me trouxe tanto!
Sinto como se tivesse tirado ele debaixo das minhas asas e entregado para o mundo. Agora, As Mariposas da Morte fará parte da vida de outras pessoas também.
Dá o maior frio na barriga.
Mas é um friozinho gostoso.
E se já aprendi tanto até aqui, mal posso esperar pelo que ainda está por vir.
Espero que estas lições te inspirem também.
Tomatinhos
Indicações e aleatoriedades que decidi compartilhar com você:
🤘VICIEI TOTAL. Terminei de assistir Attack On Titan e recomendo demais. Para mim, a história foi uma aula na construção de um roteiro repleto de reviravoltas, cenas e conflitos geniais e que consegue manter a tensão no topo.
Por isso, já aviso: vai ter conteúdo sobre o anime por aqui.
🤘O do Tira do Papel é um dos criadores de conteúdo que mais gosto de acompanhar hoje em dia. A forma como ele pensa a criatividade está muito alinhada com a minha. Por isso, vou deixar aqui de indicação este vídeo sobre os efeitos negativos de se ter um conteúdo viral. Acredito que vale a reflexão!
🤘Vejam o talento da minha amiga. Ela fez um tomatinho para mim.❤️
Se você ainda não sabe o motivo desta seção se chamar Tomatinhos, leia aqui.
Obrigada por ler mais uma edição do “bruna está digitando…” até o final :)
Fique à vontade para me contar o que achou desta edição.
Bruna Corrêa — publicitária, redatora, escritora de ficção, e-mails e devaneios.
👉 Me encontre também no:
Mais que provas, pra mim foram conselhos. Valeu 🙏🏾