Ah, julho… teve Bienal, aniversário, reflexões e a galera pirando nas imagens criadas por inteligência artificial. Aliás, vocês estão acompanhando esse assunto?
Na edição de hoje vou falar um pouco sobre isso e claro, dar aquele resumão de como anda o processo do livro. Boa leitura!
- Bruna
Tempo estimado de leitura: 4 min
Dia 05 de julho eu trintei e foi bastante… instrospectivo. 🙃
É aquela coisa de recalcular rota, pensar na vida, no futuro, se agarrar às coisas que fazem sentido e desapegar de tudo que não tem espaço para ficar.
E por incrível que pareça a minha maneira de criar também entrou nessa balança.
Como publicitária, estou acostumada a criar movida à pressão do mercado, com foco em resultados, mas a questão é que nem sempre quando criamos pra nós mesmos, esse resultado é garantido.
Somos diariamente bombardeados por conteúdos que performam verdades absolutas e insustentáveis como “5 coisas que você está fazendo errado“ ou “10 coisas que você deveria fazer“, algo que na minha opinião, desumaniza a criatividade.
O problema é que muitas vezes quando não seguimos os “tem quês“ e os caminhos pré determinados de sucesso, nos sentimos inseguros, fraudes e na pior das hipóteses, verdadeiros fracassos.
Então será que não estamos validando nosso sucesso pela visão de outra pessoa?
O episódio A solidão do criador do Podcrê, me fez pensar bastante nesse assunto — ao mesmo tempo em que buscamos liberdade em nossos projetos, nos prendemos a novos padrões em prol da performance, mesmo que esses padrões não conversem com quem verdadeiramente somos.
Imagens artificiais
Nos últimos meses muito se falou sobre as inteligências artificiais que criam imagens a partir de textos.
Basicamente você escreve algo como
Um astronauta andando a cavalo no espaço em fotorrealismo.
E PÁ! Aqui a sua imagem:
Claro que existem muitos testes e questionamentos a respeito da ferramenta, entre elas a desinformação e a forma como essas imagens serão utilizadas, manipuladas e disseminadas.
Por outro lado, também pode ser uma maneira de explorar a criatividade. Como escritora, acredito que a IA é um prato cheio para quem busca tangibilizar visualmente suas ideias, conceitos e personagens.
E como sou dessas pessoas que adora testar coisas novas, utilizando a plataforma Midjourney, criei alguns conceitos baseados no meu livro. Olha só como ficou:
Também pedi para a IA imaginar a minha personagem principal. :)
A boa notícia para quem também quer testar: o Midjourney liberou a versão beta para todo mundo. Toma o convitinho.
E quem quiser saber mais sobre o assunto, vale espiar esses artigos aqui:
IA do Google transforma qualquer texto escrito em imagens fotorrealistas
How DALL-E could power a creative revolution
The World’s Smartest Artificial Intelligence Just Made Its First Magazine Cover
E o livro, hein?
Agora estou na etapa de planejamento e pesquisa.
Falei na 1ª edição da news que reescrevi o começo da história umas cinco vezes, e acho que finalmente entendi que isso também faz parte do meu processo.
Em 2020 (alô quarentena!) fiz um curso do Marcelino Freire em que ele disse algo sobre “vencer a página em branco“, e descreveu esse processo como reiniciar sua histórias algumas vezes, abrindo várias páginas no Word até encontrar a versão que te motivasse a seguir adiante.
Esse relato fez bastante sentido para mim, já que sou uma pessoa muito ansiosa e minha cabeça funciona de um jeito que parece que fui atropelada pelas minhas ideias.
Sair escrevendo, por incrível que pareça, me ajuda a entender melhor essa multidão de informação, o que funciona e qual caminho seguir.
E veja bem: só me lembrei dessas palavras do Marcelino escrevendo essa news e falando dos meus processos. Olha que terapêutico!
E é claro que muitas vezes começo escrevendo algo que eu nem sei o que é, por isso, nesse processo de reescrever, vou lapidando até que fique claro.
Então, agora sim posso dizer que finalmente entendi o rumo dessa história para seguir com o desenvolvimento. (o planejamento de cenas da primeira parte ficou tão legal! 🤩)
Anexos
Falando em solidão, fiquei muito reflexiva com esse artigo - O capitalismo está fazendo você se sentir solitário.
Gosta de criar ouvindo sons da natureza? Conheça a Earth.fm
Me senti abraçada com esse texto da Carol Mancini no Dia do Escritor.
Em julho fiz uma live com as autoras Mia Sardini, Bel Quintilio e Tábatha Gagliera sobre horror enquanto a gente se maquiava. Ficou bem legal. :) Dá uma olhada na Parte 1 e Parte 2.
Um jeito diferente de divulgar seu trabalho no Twitter. Confira essa tread!
Obrigada por ler mais uma edição do “bruna está digitando…“ até o final :)
Todo mês, um novo conteúdo sobre processos criativos, escrita e inspirações direto na sua caixa de entrada.
Até setembro!
Bruna Corrêa.
Ameeeei as imagens <3