“Ah, mas nem sei cantar!”, você pode estar pensando.
Mas vem comigo que este texto não é sobre a Celine Dion, nem sobre cantar. É sobre… vou deixar você decidir.
Com carinho,
Bru.
Tempo de leitura: 4 minutos
Eis uma curiosidade sobre mim: amo cantar e sou apaixonada por karaokês.
Se me perguntarem quando o interesse pelo canto começou, não saberei responder. Faço desde criança. Cantar me deixa leve, confiante e muito, muito feliz.
“Quem canta seus males espanta!”
Amo explorar notas agudas. Entre elas, as de My Heart Will Go On da Celine Dion e outras das minhas músicas preferidas de metal sinfônico. Gosto de reparar na musculatura do meu rosto, o movimento do peito, tórax, costelas e onde mais a gente nem lembra ou sabia que podia acessar com o uso da voz.
Às vezes sinto que, assim como escrever, eu poderia cantar o dia inteiro.
Por isso, não me importo de cantar na frente de um monte de gente, mesmo que torçam o nariz.
“Karaokê não é lugar para cantar bem.”, já me disseram.
É quase como se eu estragasse a brincadeira de todo mundo.
Mas entre as frases hostis e os comentários maldosos de quem se incomoda com tão pouco, por sorte, existem aquelas que me apoiam quando me deixo levar.
Karaokê, para mim, é um espaço de expressão. Não é muito diferente de fazer arte: há quem cante só por cantar e há quem goste de explorar, se desafiar e mostrar o que sabe. Em espaços saudáveis, ambas são válidas, se complementam e se divertem.
E quando digo espaços saudáveis, é justamente porque as minhas últimas experiências com karaokê foram deliciosas. Elas me ensinaram que a diferença está na companhia.
Por mais divertido que seja cantar os grandes clássicos dos karaokês como Evidências e Cheia de Manias, merecemos ter ao nosso lado pessoas que nos apoiem e não se intimidem quando exploramos, bem ou mal, um My Heart Will Go On ou qualquer música mais desafiadora, performática.
Assim como devemos ser essa pessoa para alguém também.
No livro O Caminho do Artista, de Julia Cameron, a autora diz que satisfazer nossa criatividade é uma obrigação sagrada (sim, cantar também é uma manifestação do ato de criar). Por isso, ao violar a criatividade de alguém, também violamos essa obrigação sagrada.
Nosso dever é não deixar que controlem nosso repertório, as escolhas das nossas músicas, nem mesmo a entonação ou o volume do nosso microfone — e também não o fazer quando virmos alguém tentando.
“A criatividade floresce quando possuímos um senso de segurança e autoaceitação.” — O Caminho do Artista, de Julia Cameron
Ir ao karaokê com as “pessoas erradas”, fez eu me sentir inadequada por fazer algo que amo. Com elas, muitas vezes ponderei se deveria cantar música X ou Y para não me deparar com os olhares incômodos.
Isso também tem a ver com expressão artística.
Nem todos vão gostar do que você tem a oferecer, mesmo que o faça bem, goste ou ame. É nosso papel sermos fiéis a nós mesmos ou continuaremos reféns da percepção alheia. De gente que não habita em nossa pele e não entende que a expressão é uma necessidade de existir.
Um novo ano começou e eu desejo, de verdade, que você cante mais Celine Dion ou qualquer outra música que te faça se sentir inteiramente você.
Ah, e antes que eu me esqueça: não vá ao karaokê com gente chata.
E o livro, hein?
Janeiro chegou com novidades sobre As Mariposas da Morte.
Meu primeiro romance, um suspense psicológico, e também conhecido como um dos motivos da criação desta newsletter, está cada vez mais próximo de ser lançado. 👀
No comecinho deste ano, o livro entrou em fase de preparação e desenvolvimento do conceito visual pela editora O Grifo.
Então se prepare que em breve, as mariposas sairão do casulo.
Tomatinhos
Aleatoriedades que decidi compartilhar com você!
🤘Em dezembro lancei meu novo conto, Fé Cega, em As Muitas Cores que Caíram do Espaço da editora Mão Esquerda, totalmente dedicada ao terror cósmico. Se quiser, é só clicar neste link e ler de graça!
🤘Final do ano pedi lá no meu Instagram para me indicarem músicas e montei uma playlist com salpiques de sugestões próprias como cortesia da casa.❤️
Você pode ouvir nossa vinagrete aqui, chamada carinhosamente de Turma do Fundão.
🤘 Quando foi a última vez que você fez algo só por diversão? Fica aí esse café com devaneios.
🤘Mó paz! Esses vídeos da Dianna Lopez mudaram a química do meu cérebro e me fizeram uma mulher feliz.
Obrigada por ler mais uma edição do “bruna está digitando…” até o final :)
Fique à vontade para me contar o que achou desta edição.
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Bruna Corrêa — escritora de ficção, e-mails e devaneios.
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Vou procurar um vídeo de eu cantando Celine Dion num karaokê as 4h da manhã. Lindo demais